Especialidade de Numismática Respondida

Moeda



Especialidade de Numismática, se você não tem, vamos mudar isso, BORA!

Especialidade de Numismática




1. Relatar sucintamente a história do dinheiro, sua evolução e as mais variadas formas de dinheiro” da atualidade, como o cheque, o cartão de crédito, etc. 


R: Nossas moedas já foram confeccionadas em diversos tipos de materiais, porém, essencialmente, metais. No entanto, não necessariamente, metal puro. É muito comum a utilização de ligas metálicas (junção de diversos tipos de metais misturados). 
Mais recentemente, já na época do real, aparece a novidade de dois metais em uma mesma moeda. A moeda de 1 real foi inicialmente apresentada com um anel de alpaca e um miolo em cuproníquel para, a partir de 2002, ser modificada para anel de aço revestido de bronze e miolo de aço inox. 
A pureza do metal é indicada quando da atribuição à informação do material, um determinado valor numérico, parcela de 1000, chamado de título. Por exemplo: prata título 900 ou prata 900 significam 90% de prata, o resto, são impurezas ou, quando em maior presença, destacado por fazer parte de uma liga metálica. 
COBRE
Em todas as moedas de cobre emitidas pelo Brasil até o final do Império, a titulagem é 1000, ou seja, 100% cobre – cobre puro. Aliás, são as únicas moedas brasileiras de metal 100% puro. 
OURO
O ouro quase chega lá em termos de pureza total. Desde as primeiras moedas mas, oficialmente, a partir de 1688, adotava-se o título 916 2/3 (916,6666…). Em 1860 foi ajustado para 917 até às moedas da República. Esporadicamente, em história mais recente, aparecem algumas comemorativas com título 900, ou seja, 90% de ouro puro e 10% de impurezas. 
PRATA
Apesar da predominância da prata, na nossa história, muitos elementos fizeram composição com esse material em nossas moedas: 
De 1851 a 1867: título 916 2/3 (916,66666…) 
De 1886 a 1889: título 916 2/3 (916,66666…) 
Outras moedas de prata título 916 2/3: as de 20, 40, 75, 80, 100, 150, 160, 200 (exceto de 1867 a 1869), 300, 320, 400 (exceto a de 1900), 500 (exceto de 1867 a 1868 e 1889 República), 640, 1000 (exceto 1869 e de 1889 República a 1900) e 2000 réis (exceto 1868 a 1876, 1891 a 1900) 
As de 960 réis costumavam ser titulagem 896. 
De 1867 a 1869, para os valores de 200 e 500 réis: título 835. 
1000 réis, 1869: título 900. 
2000 réis, 1869 a 1876: título 900. 
De 1889 a 1900: título 917. 
De 1906 a 1913: título 900. 
De 1922 a 1935: título 500 (meia prata) = 50% prata, 50% cobre. 
5000 réis, 1936 a 1938: título 600 = 60% prata e 40% cobre. 
2000 réis, 1935: 500, meia prata, 50% prata e 50% cobre. 
2000 réis, 1932: prata 500 = 50% prata, 40% cobre, 5% níquel e 5% zinco. 
2000 réis, 1924 a 1934: 500 = 50% prata e 50% cobre. 
2000 réis, 1922: primeiramente prata 900 (90% prata e 10% cobre), posteriormente, meia prata, ou prata 500 (50% prata e 50% cobre) 
Cr$ 20,00, 1972: título 900 
NCz$ 200, 1989: título 999 (99,99% prata) – praticamente pura 
Cr$ 500, 1992: 925 (92,5% prata) 
Cr$ 2000, 1992: título 925 (92,5% prata) 
As comemorativas em prata do real, salvo exceções, são título 925 (92,5% prata). As exceções são prata de titulagem 999/1000, ou seja, 99,9% de prata. São elas: 500 anos do descobrimento do Brasil em 2000, JK, Drummond e Pentacampeão em 2002 e Cooperativas em 2012 (fonte: Banco Central do Brasil).
As moedas de prata como observado, podem ser encontradas com uma gama grande de variação em sua pureza, desde as com meros 50% a até as com 99,9%, quase pureza total. 
NÍQUEL
As moedas classificadas como de “níquel”, que vão de 1871 a 1889, seriam impropriamente assim chamadas, pois, já se tratava da liga composta de 25% de níquel e 75% de cobre: o cuproníquel. Em níquel puro, foram somente as emissões das moedas de Cr$ 0,50 de 1967 e Cr$ 1,00 de 1970 e 1972. 
Curiosamente, há uma maneira bastante simples de se detectar níquel puro: ele é atraído pelo imã enquanto que, as ligas, não. 
CUPRONÍQUEL
Liga metálica formada por cobre (75%) e níquel (25%). Muito comum em várias épocas de nosso moedário. Principalmente no período de 1871 a 1922. Apesar da predominância do cobre, prevalece a coloração “prateada” do níquel na moeda. 
NÍQUEL ROSA
Uma variação do cuproníquel onde a quantidade de cobre se faz ainda mais presente. Liga metálica formada por cobre (88%) e níquel (12%). Dada a grande quantidade de cobre, essas moedas apresentam um tom róseo. 
BRONZE-ALUMÍNIO
Liga metálica formada por cobre (91%) e alumínio (9%). A partir de 1935, essa liga passou a ser composta de cobre (90%), alumínio (8%) e zinco (2%), sendo que o zinco divide espaço com impurezas. A coloração puxa para um tom amarelado. 
BRONZE
A liga de bronze já foi material de moedas no período de 1868 a 1912. No entanto, na realidade, é quase cobre puro, pois, sua composição é de 95% de cobre, 4% de estanho e 1% de zinco. Mesmo assim, predomina ainda um tom amarelado.
ALUMÍNIO
Curto período no Brasil: de 1956 a 1961. O alumínio começou a já ser utilizado, em pequenas quantidades, desde 1907, fazendo liga com outros elementos, mas, sua utilização mais “pura” mesmo, somente aconteceu durante o período Militar onde sua titulagem era de 99,5% de alumínio e 0,5% de outros elementos.
AÇO INOXIDÁVEL (AÇO INOX)
As primeiras moedas no Brasil em aço inoxidável surgiram em 1967 e continuam se mantendo até os nossos dias. O aço inoxidável é uma composição de ferro e cromo, sendo o cromo o grande responsável por garantir à liga a resistência à corrosão.
ALPACA
Liga de níquel (19%), cobre (61%) e zinco (20%). Utilizada no anel externo das moedas de 1 real, entre 1994 a 1999. Também conhecida como “metal branco” ou “liga branca”.
AÇO-CARBÔNICO
Utilizado na segunda família de moedas do real é uma liga composta de ferro e carbono. Não tem o brilho do aço inoxidável, mas também não é utilizado de forma visível. Sua utilização é sempre como base para ser revestido por outro material como o cobre ou o bronze.
EM ENSAIOS MONETÁRIOS E PROVAS DE CUNHO
O material utilizado para ensaios e provas de cunho não precisa ser, necessariamente, o mesmo do produto final. Temos relato de ensaios e provas feitos de: 
ALPACA – 20 réis de 1861, 50 réis de 1922, 200 réis de 1901, e outras. 
CHUMBO – 960 réis de 1809 e 400 réis de 1917. 
LATÃO – Cr$ 0,50 de 1941, Cr$ 300,00 de 1972. 
MADEIRA – Entre 1870 a 1887. 
PALÁDIO – 10 réis de 1863. 
PLATINA – 2000 réis, sem data, no 2º Império. 
ZINCO – 20 réis de 1864, 2000 réis de 1935 e 500 réis de 1936 
AS MOEDAS DO REAL 

Primeira família:
Todas moedas em aço inoxidável (liga de ferro e cromo). 
Segunda família:
Moedas de 1 e 5 centavos: Composta de aço (liga de ferro e carbono) revestido de cobre. 
Moedas de 10 e 25 centavos: Aço (liga de ferro e carbono) revestido de bronze (liga de cobre e estanho). 
Moedas de 50 centavos:
Até 2001, cuproníquel (liga de cobre e níquel).
De 2002 em diante, aço inoxidável (liga de ferro e cromo). 
Moedas de 1 real:
Até 1999, anel em alpaca (liga de níquel + cobre + zinco) e miolo em cuproníquel (cobre e níquel). De 2002 em diante, anel em aço (liga de ferro e carbono) revestido de bronze (liga de cobre e estanho) e miolo em aço inoxidável (liga de ferro e cromo). 
Moedas comemorativas: Ouro 900 (R$ 20), Prata 925 (de R$ 2 a R$ 5) ou 999 (algumas de R$ 5) e Cuproníquel (R$ 2). 
Fonte: Catálogo das Moedas Brasileiras – Kurt Prober, Boletim SNP, 
Canal do Educador, Banco Central do Brasil, entre outros.
2. Contar resumidamente a história do dinheiro em seu país, mencionando as datas de estabelecimento de casas da moeda e fábricas de cunhagem. Mencionar também as mudanças das cédulas e moedas de seu país ao longo do tempo. 
Origem do Dinheiro
A história da civilização nos conta que o homem primitivo procurava defender-se do frio e da fome, abrigando-se em cavernas e alimentando-se de frutos silvestres, ou do que conseguia obter da caça e da pesca. Ao longo dos séculos, com o desenvolvimento da inteligência, passou a espécie humana a sentir a necessidade de maior conforto e a reparar no seu semelhante. Assim, em decorrência das necessidades individuais surgiram as trocas.
Esse sistema de troca direta, que durou por vários séculos, deu origem ao surgimento de vocábulos como “salário”, o pagamento feito através de certa quantidade de sal; “pecúnia”, do latim “pecus”, que significa rebanho (gado) ou “peculium”, relativo ao gado miúdo (ovelha ou cabrito).
As primeiras moedas, tal como conhecemos hoje, peças representando valores, geralmente em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia), no século VII A. C.. As características que se desejava ressaltar eram transportadas para as peças através da pancada de um objeto pesado (martelo), em primitivos cunhos. Foi o surgimento da cunhagem a martelo, onde os signos monetários eram valorizados também pela nobreza dos metais empregados, como o ouro e a prata.
Embora a evolução dos tempos tenha levado à substituição do ouro e da prata por metais menos raros ou suas ligas, preservaram-se, com o passar dos séculos, a associação dos atributos de beleza e expressão cultural ao valor monetário das moedas, que quase sempre, na atualidade, apresentam figuras representativas da história, da cultura, das riquezas e do poder das sociedades.
A necessidade de guardar as moedas em segurança deu surgimento aos bancos. Os negociantes de ouro e prata, por terem cofres e guardas a seu serviço, passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guardadas. Esses recibos (então conhecidos como “goldsmith´s notes”) passaram, com o tempo, a servir como meio de pagamento por seus possuidores, por serem mais seguros de portar do que o dinheiro vivo. Assim surgiram as primeiras cédulas de “papel moeda”, ou cédulas de banco, ao mesmo tempo em que a guarda dos valores em espécie dava origem a instituições bancárias.
Os primeiros bancos reconhecidos oficialmente surgiram, respectivamente, na Suécia, em 1656; na Inglaterra, em 1694; na França, em 1700 e no Brasil, em 1808 e a palavra “bank” veio da italiana “banco”, peça de madeira que os comerciantes de valores oriundos da Itália e estabelecidos em Londres usavam para operar seus negócios no mercado público londrino.
Fonte: Livro “Casa da Moeda do Brasil: 290 anos de História, 1694/1984”.
Trajetória da CMB
1694 – A Casa da Moeda é fundada em Salvador, Bahia, em um dos ângulos da Praça do Palácio, atual esquina da Rua da Misericórdia com a Ladeira da Praça (Cidade Alta);
1698 – É transferida de Salvador para a Junta do Comércio do Rio de Janeiro, na “casa de pau-a-pique”, próximo à Ladeira de São Bento, onde hoje se encontra o Arsenal da Marinha;
1700 – É extinta a CMB no Rio de Janeiro, passando a ocupar o prédio da Antiga Oficina de Recunhagem em Recife, Pernambuco, na Rua Maria Rodrigues, posteriormente Rua da Moeda;
1702 – É extinta a Casa da Moeda em Recife;
1706 – Instalação da nova sede da Casa da Moeda no Rio de Janeiro, no lado sul da Praça do Carmo (atual Praça XV), em frente à Rua Direita (atual Primeiro de Março) e fundos para o Armazém “Del-Rey”;
1714 – Retorno para o antigo prédio em Salvador, Bahia;
1724 – Construída a Casa da Moeda de Minas Gerais, em Vila Rica, no Morro de Santa Quitéria (atual Ouro Preto);
1735 – É extinta a Casa da Moeda em Vila Rica;
1743 – Construção do Palácio dos Vice-reis, na “Casa dos Governadores”, Largo do Carmo (atual Praça XV), no Rio de Janeiro, onde a Casa da Moeda ocupava o pavimento térreo;
1814 – A sede passa a ser na “Casa dos Pássaros”, ainda no Rio de Janeiro, no edifício do Real Erário, Rua do Sacramento (atual Avenida Passos);
1830 – É extinta a Casa da Moeda em Salvador;
1868 – A CMB é transferida para a Praça da Aclamação (atual Praça da República), no Rio de Janeiro;
1984 – Transferência para o novo Parque Industrial, no Distrito de Santa Cruz, no Rio de Janeiro.
Fonte: Livro “Casa da Moeda do Brasil: 290 anos de História, 1694/1984”.
Veja Moedas do Brasil, nesse site você encontra as mudanças das cédulas e moedas de seu país ao longo do tempo.
3. Explicar como o dinheiro é distribuído pelo governo em seu país.

R: Com o surgimento dos bancos, essas instituições assumiram para si a função de emitir as moedas de papel, que foram chamadas também de Bilhetes de Banco. No Brasil, os primeiros recibos foram emitidos pelo Banco do Brasil em 1810 e tinham seu valor preenchido à mão, como é feito com os cheques.

Aos poucos, como já aconteciam com as moedas, os governos passaram a controlar a emissão de cédulas de dinheiro para evitar as falsificações e garantir o poder de pagamento. Atualmente, quase todos os países possuem seus bancos centrais, que são encarregados de emitir cédulas e moedas.

A confecção das moedas contemporâneas obedece a um rigoroso padrão de impressão, dando ao produto final grande margem de segurança e condições de durabilidade. As principais unidades monetárias usam a base centesimal, isto é, a moeda divisionária da unidade equivale a um centésimo de seu valor. No caso do Brasil, temos o Centavo de Real.

A Casa da Moeda, instituição brasileira responsável pela impressão do dinheiro, foi criada em 1694, por Dom Pedro II, rei de Portugal, para atender a demanda de fabricação de moedas no Brasil Colônia. Além do dinheiro, a estatal produz hoje outros produtos de segurança, como passaportes com chips e selos fiscais.

No entanto, a fabricação de novas cédulas é regulada pelo Ministério da Fazenda por meio do Banco Central do Brasil, visto que a quantidade de dinheiro em circulação dentro de um país deve ter como base a quantidade de serviços e produtos oferecidos pela economia nacional. Por esse motivo, um país não pode tentar contornar uma crise colocando mais dinheiro em circulação. Se isso acontece, o mercado tende a aumentar o preço das mercadorias, gerando inflação.

Dessa maneira, a fabricação de cédulas deve-se, principalmente, à substituição de notas velhas e não para aumentar a quantidade de dinheiro que circula dentro do país. Mesmo assim, a tiragem anual de moedas impressiona. Em 2013, foram R$ 3,1 bi em cédulas e R$ 2,3 bi em moedas.

4. Definir quaisquer dos termos a seguir, caso se apliquem ao sistema monetário de seu país: 
a) Mescla de metais.
R: É a utilização de ligas metálicas (junção de diversos tipos de metais misturados). 
b) Cunhagem revestida.
R: O material utilizado para ensaios e provas de cunho não precisa ser, necessariamente, o mesmo do produto final. Temos relato de ensaios e provas feitos de: 
ALPACA – 20 réis de 1861, 50 réis de 1922 , 200 réis de 1901, e outras.
CHUMBO – 960 réis de 1809 e 400 réis de 1917.
LATÃO – Cr$ 0,50 de 1941, Cr$ 300,00 de 1972.
MADEIRA – Entre 1870 a 1887.
PALÁDIO – 10 réis de 1863.
PLATINA – 2000 réis, sem data, no 2º Império.
ZINCO – 20 réis de 1864, 2000 réis de 1935 e 500 réis de 1936.
c) Moeda comemorativa.
R: As medalhas e moedas comemorativas simbolizam a necessidade dos povos de comemorar, premiar e homenagear seus valores dentro da evolução histórica do mundo. As peças estão intimamente ligadas a eventos históricos e culturais: cada peça adquirida traz em si o registro de um episódio histórico, um ato de mérito pessoal ou uma efeméride cultural que adquire novo vulto e ganha registro para a posteridade. 
d) Cunho.
R: Tem dois significados:

Para designar o ferro em que estão esculpidas as gravações que pela cunhagem ficarão marcadas nos discos metálicos que passarão a ser moedas;
Para designar o conjunto das figurações que a moeda apresenta.
Antigamente se fazia a distinção entre cunho e escrita da moeda, representando aquele a figuração simbólica da moeda (bustos reais, armas de nobreza, emblemas religiosos, etc.) e esta as letras, ou seja, as legendas.
Popularmente cunho significava o lado principal da moeda (anverso) por oposição ao reverso, onde geralmente se figuravam as cruzes e daí a expressão “cunho e cruzes” e mais modernamente “cara ou cruz”.
De uma maneira geral, cunho é o tarugo de aço temperado, em cuja superfície se acha gravado em baixo relevo o desenho da moeda e com o qual se imprime essa gravura nas chapinhas.
Cunhagem é o processo pelo qual as moedas passam para serem gravadas. Consiste em promover a estampagem de um desenho em uma, ou ambas, as faces de uma moeda, utilizando para tanto um cunho.
e) Fundo.
R: Molde.
Desenho ou imagem .
f) Inscrição.
R: É o conjunto de letras isoladas, sigla das ou formando palavras e algarismos que figuram na moedagem. Vulgarmente lhe chamam também legenda. Conforme a posição da escrita na moeda, assim se denomina:
Legenda quando ocupa a orla; 
Inscrição quando em linhas horizontais no campo; 
Epígrafe se faz parte do próprio tipo da moeda e dentro de qualquer emolduramento. 
g) Borda marcada com letras.
R: Delimitam as duas faces da moeda, na espessura do disco, na qual pode ser impressa a serrilha. 
h) Anverso.
R: Anverso é a face principal da moeda que traz a efígie do soberano ou as indicações de maior importância (o nome BRASIL, por exemplo).

i) Reverso.
R: O reverso, a face oposta ao anverso onde traz os dados de importância secundária.
j) Série.
R: Caracteriza um kit de moedas lançadas no ano naquele país.
Série de Moedas Cruzeiro Novo anos 70 – Brasil.
Datas variadas.
1, 2, 5, 10, 20 e 50 centavos.
1 Cruzeiro.
Metal: Aço Inox, Cuproníquel.
Quantidade emitidas das moedas, tiragem.
k) Impressão sobreposta.
R: Quando ocorre o erro na cunhagem da moeda ou cédula, deslocando a imagem do eixo central. 
l) Tira magnética.
R: É o fio de segurança com a inscrição do valor da cédula. Ele é colocado no papel durante a sua fabricação e fica totalmente embutido. Ele está localizado na área da efígie da República, próximo ao meio da nota, e fica visível quando ela é colocada contra a luz. Está presente nas notas de 10, 20, 50 e 100 reais.
m) Tinta fluorescente.
R: Elementos Fluorescentes que podem ser verificados com o auxílio de uma lâmpada ultravioleta. 
n) Controle de inflação.
R: Quando o aumento da inflação é tão grande que corrói o poder de compra da moeda, que as reformas monetárias se fazem necessárias, provocando a desvalorização de seu valor extrínseco (valor facial: informação de valor gravada na moeda) e, por consequência, valorizando o seu valor intrínseco (o custo do material da moeda fica maior que seu valor de troca).
Com as reformas, as moedas vigentes são recolhidas e postas em circulação outras de menor custo de produção.
Se isso não é feito, pode ocorrer a vantagem das moedas valerem mais derretidas (ao custo do metal) do que utilizadas como dinheiro pelo seu valor facial.
No entanto, a principal aplicação das reformas é facilitar o manuseio do dinheiro e sua representação gráfica (em preços, cheques, documentos fiscais, calculadora). Quanto mais inflação, mais dinheiro é necessário para realizar as transações comerciais, mais dinheiro para se carregar mais dígitos nas calculadoras, entre outros inconvenientes.
Os cortes de zeros permitem reduzir o tamanho dos montantes monetários.
o) Numeração das notas.
R: É única e identifica cada nota, é impressa duas vezes no verso: em azul, no canto inferior esquerdo, e em vermelho, em tamanhos crescentes, na parte superior direita. 
p) Papel-moeda.
R: É dinheiro ou moeda escritural oficial de um país, dessa forma sendo emitida pela autoridade oficial – competente de uma Nação, em valor impresso na forma de papel impresso emitido por um banco denominado como Central autorizada pelo governo e distribuído pelos demais bancos da rede oficial de crédito nacional.
5. Descrever o anverso e o reverso das cédulas usadas atualmente em seu país. 
· 2 reais – Tartaruga-de-pente.
Anverso: Efígie Simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura. 
Reverso: Figura de uma tartaruga de pente (Eretmochelys imbricata), uma das cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas na costa brasileira.
· 5 reais – Garça.
Anverso: Efígie Simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura.
Reverso: Figura de uma Garça (Casmerodius albus), ave pernalta (família dos ardeídeos), espécie muito representativa da fauna encontrada no território brasileiro.
· 10 reais – Arara.
Anverso: Efígie Simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura.
Reverso: Gravura de uma Arara (Ara chloreptera), ave de grande porte da família dos psitacídeos, típica da fauna do Brasil e de outros países latino-americanos.
· 20 reais – Mico-leão-dourado.
Anverso: Efígie Simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura.
Reverso: Figura de um Mico-leão-dourado (Leonthopitecus rosalia), primata de pêlo alaranjado e cauda longa nativo da Mata Atlântica, que é o símbolo da luta pela preservação das espécies brasileiras ameaçadas de extinção.
· 50 reais – Onça-pintada.
Reverso: Figura de uma Onça Pintada (Panthera onca), conhecido e belo felídeo de grande porte, ameaçado de extinção, mas ainda encontrado principalmente na Amazônia e no Pantanal Matogrossense.
Anverso: Efígie Simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura.
· 100 reais – Peixe garoupa.
Anverso: Efígie Simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura.
Reverso: Gravura de uma Garoupa (Epinephelus marginatus), peixe marinho da família dos serranídeos, e um dos mais conhecidos dentre os encontrados nas costas brasileiras.
6. Saber como a qualidade das moedas é avaliada pelos colecionadores.
R: Podemos dividir moedas de duas formas, por sua época (ou data), e por seu metal (ouro, prata, cobre, bronze, cuproníquel, aço-inox, etc.). Na primeira categoria, podemos fazer a seguinte divisão: 
1. Moedas posteriores a 1850 (com data de 1850 até o presente).
2. Moedas anteriores a 1850 (datadas de 1695 a 1849).
1. Moedas posteriores a 1850:
Nesta subdivisão está a grande maioria das moedas que se encontram nos lares brasileiros ou “herdadas dos avós”. Com pouquíssimas exceções, não possuem nenhum valor importante.
Listo abaixo algumas moedas que se encontram nesta categoria e não tem qualquer valor:
• Moedas de níquel (ou cuproníquel) 100, 200, 300 e 400 Réis datadas de 1871 a 1935. 
• Moedas de Bronze de 20 (vintém) e 40 Réis datadas de 1869 a 1915. 
• Moedas “Amarelas” da década de 30 até 1965 com valores variados de 500, 1000 e 2000 Réis e posteriormente de 10, 20, 50 centavos e 1, 2, 5 Cruzeiros. 
• Moedas de aço-inox de 1967 em diante. 
Moedas posteriores a 1850 que têm valor:
• Qualquer moeda de ouro. Na maioria dos casos, inclusive quase toda coleção de ouro do 2º Império (de 1850 em diante), as moedas valem apenas o valor intrínseco do metal. Ou seja, uma moeda de 20 mil Réis de ouro de D. Pedro II data de 1851 a 1867 vale apenas o que pesa, nesse caso 16,4 gramas de ouro fino multiplicado pelo valor do ouro do dia (atualmente em Julho de 2006, esse valor está em cerca de R$41, porém esta cotação flutua diariamente).

• Moedas de prata. Assim como as moedas de ouro, com pouquíssimas exceções, moedas de prata desta época “valem quanto pesam”. Estão incluídas nesta categoria as seguintes moedas:
– Moedas de 200, 500, 1000, e 2000 Réis do Império com datas entre 1849 e 1889.
– Moedas de 500, 1000, 2000, e 5000 Réis da República, datadas entre 1889 e 1936.
Exemplifico como avaliar, por exemplo, uns 5000 Réis da República do tipo “Santos Dumont” de 1935. Essa moeda tem 6 gramas de prata fino ( 12 gramas bruto de prata .500). A título deste exemplo tomamos o valor da prata ATUAL no mercado nacional de cerca de R$ 400/quilo. .06 x R$400 = R$2,40. Ou seja, cada moeda de 5000 Réis de 1935 vale cerca de R$2,40. E assim pode ser feito para qualquer moeda desta época contanto que se saiba o peso da moeda e o valor da prata.
2. Moedas anteriores a 1850.
Moedas de 1695 a 1850 têm maior chance de ter algum valor para colecionadores e estudiosos. A razão disso é que nesta época, a cunhagem (fabricação) de moedas no Brasil era ainda relativamente pequena e por isso existem poucas moedas. Porém como veremos abaixo existem moedas desta época sem valor:

• Qualquer moeda de cobre após 1800 tem muito pouco valor mesmo que estejam em bom estado de conservação. Um 10 (X) de 1805 ou um 80 Réis com carimbo de 40 de 1830R não chegam a valer R$ 5,00.
• Moedas de Cobre anteriores a 1800 precisam estar em excelente estado de conservação para terem algum valor importante (acima de R$20). A moeda deve ter pouquíssima circulação, todos os relevos e características devem estar evidentes.

• Moedas de Prata de 1695 a 1849 que estejam gastas ou muito gastas tem baixo valor acima do valor intrínseco do metal, assim como as moedas de prata posteriores a 1850.

Moedas anteriores a 1850 que têm valor:
• Novamente Moedas de Ouro. Para que tenham prêmio acima do valor do metal, as moedas devem estar em estado de conservação superior (veja meu outro artigo sobre estado de conservação das moedas). Aqui o prêmio pode variar de uma pequena fração até muitas vezes o valor do ouro da peça (dependerá dos dois fatores determinantes no valor numismático de uma moeda: Raridade e beleza). Exemplos de moedas nesta categoria estão os 2000, 4000 e 6400 Réis da colônia e Reino Unido. As dobras, meio-dobrões e dobrões (12800. 10000 e 20000 Réis), entre outras.

• Moedas de Prata de 1695 a 1849. Somente terão valor aquelas peças em estado de conservação superior com todas as características presentes, sem furos, tentativas de furo, soldas, vestígios de garras, arranhões, ou outros danos. Incluem-se aqui moedas do 1º Sistema monetário Brasileiro (1695-1833) as chamadas divisionárias (ou patacas). Ex: 20, 40, 80, 160, 320, 640 e 960 Réis e também a Série de moedas do tipo “Jota” (D, José I) com valores de 75, 150, 300 e 600 Réis. Além dessas, as moedas do 2º Sistema Monetário Brasileiro (ou Série dos Cruzados) com valores de 100, 200, 400, 800 e 1200 Réis que circularam de 1834 a 1848. Vale dizer que uma de 640 Réis de 1695, por exemplo, dependendo de seu ESTADO DE CONSERVAÇÃO, pode valer R$30 ou R$200.

• Moedas de Cobre, principalmente de 1695 a 1750, que estejam em estado de conservação excepcional.

Moedas Estrangeiras seguem um caminho semelhante. Se a moeda for posterior a 1900 (com exceção das de ouro e poucas de prata) a chance de não ter valor nenhum é perto dos 100%. Essa regra serve para qualquer país. Dos mais próximos (como Argentina ou Uruguai), como os mais exóticos (como Botswana ou Ilhas Maurício).

Cédulas Brasileiras:
Para as cédulas a regra é bem mais simples até porque o número de cédulas existentes é muito menor que a quantidade e variedade de moedas. Postas em circulação em nosso país a partir do início do século XIX, somente foram usadas mais correntemente a partir de 1870. Podemos dividir a cédulas do Brasil e duas épocas (ou tipos). Tal divisão é pertinente para a determinação de valor das mesmas.

1. Cédulas de Cruzeiro (1942 – 1994):
Estão incluídas aqui todas as variações monetárias que tivemos, principalmente nas décadas de 80 e 90, assim como Cruzados, Cruzeiro Real, Cruzeiro Novo, etc. Com pouquíssimas exceções, nenhuma cédula deste tipo tem qualquer valor. Mesmo que estejam novas. Um bom exemplo é o 5 Cruzeiros da década de 60 que é frequentemente encontrado em “pacotes” ou “tijolos” com 100 cédulas para a surpresa de leigos e curiosos. Essas centenas valem cerca de R$ 10 cada, ou seja, 10 centavos cada cédula. 
2. Cédulas do Padrão Réis ou Mil-Réis (1833 – 1941):
Assim como moedas, cédulas deste tipo deverão estar em ótimo estado de conservação para terem algum valor importante. O papel deve ser firme, não podendo haver rasgos, ferrugem, restauros, amassos, ou quaisquer outros defeitos. Os valores faciais das cédulas vão de 500 Réis até 1 Conto de Réis (1.000.000 de Réis).

Para concluir: Se você tem moedas antigas em casa, parta do princípio de que elas não têm valor. Pela minha experiência de muitos anos na numismática e experiência compartilhada de dezenas de companheiros, a chance de se ter um “tesouro” de moedas em casa sem sabê-lo é virtualmente zero! É possível sim, que você tenha algumas moedas de baixo ou médio valor e que somadas elas venham a dar uma quantia razoável, neste caso se houver partido da premissa acima, você poderá ter uma boa surpresa! 
Leia mais em: www.numismaticarp.com
7. Ter moedas ou notas de dez diferentes países. Descrever o que há em cada uma delas, dar os nomes de pessoas ou objetos retratados nas mesmas e, quando possível, mencionar as datas de cada uma. 
Item prático.
8. Cumprir um dos seguintes itens: 
Item prático.
a) Colecionar, pelo menos, cinco moedas ou notas de seu país que não estejam mais em circulação.
b) Colecionar uma série datada de moedas de seu país, começando com o ano de seu nascimento (não é necessário incluir moedas raras ou caras).




9. Relacionar as características de segurança contra falsificação das cédulas vigentes em seu país e as apresentar para sua unidade ou Clube. 

R: Dinheiro, também, é tecnologia, daí a aplicação de recursos de segurança contra falsificações, o uso de papéis especiais e de processos de impressão diferenciados, bem como sua produção em território brasileiro, fatores que mostram evolução e desenvolvimento e que também contam um pouco da história da construção da identidade nacional.
Para identificar uma nota falsa, observe a cédula contra a luz, o desenho em um lado deve se encaixar exatamente à figura no outro lado. Se não estiver no lugar certo, já sabe, é uma cédula falsificada.
Baixe a cartilha com todas as informações para você aprender a identificar notas falsas
Curiosidades
Até o ano de 2005, o Banco Central produziu cédula de R$ 1. Apesar de não ser mais produzida, a nota ainda não saiu de circulação e pode ser aceita no comércio. No entanto, é raro encontrá-las, a não ser com colecionadores.
Por ocasião os 500 anos do Brasil, comemorado no ano 2000, o Banco Central do Brasil criou uma nova cédula de R$ 10, fabricada em plástico, com predominância laranja e azul. Esta também não é mais fabricada, mas não saiu oficialmente de circulação e podem custar caro nas mãos dos colecionadores.
Fontes Pesquisadas:
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Especialidade enviada pela colaboradora Alessandra Somolinos. 


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